Sou super a favor de algumas tradições. Desfile de 7 de setembro, Lavagem do Bomfim, dia das mães, dia da sogra, festa disso, festa daquilo, caminhada da primavera etc. Num mundo tão globalizado e cheio de novas tecnologias, paradoxalmente, estamos cada vez mais distantes uns dos outros. É claro que hoje podemos falar com o Marrocos, as Maldivas ou o Japão via vídeo e em altíssima velocidade, mas nos acomodamos a ficar em frente do micro, discutir e apenas discutir em fóruns nacionais e mundiais na web e simplesmente acabamos não tendo tempo para nos unir, comemorar, sair às ruas, participar das associações de bairro; não mais exaltamos hinos e símbolos da nossa nação, não mais participamos de desfiles e ações de cidadania, não mais praticamos e transmitimos nossa cultura, que pouco a pouco vai se perdendo, se apagando, se extinguindo, comprometendo nosso valores e assim, também nossos ideais.
Estamos paralisados em um mundo virtual dinâmico e alienador. Sim e já me explico.... apesar de toda esse movimento e dinamismo do nosso atual cenário econômico, político e principalmente tecnológico, estamos em total comodismo quanto a nossa essência enquanto pessoa... enquanto cidadãos. Não preciso nem citar o resultado desta conjuntura.
Essa letargia social me incomoda e muito........ precisamos resgatar nossa cultura, nossa história!
Um exemplo bobo:
É triste ver que a maioria dos brasileiros não sabe a letra, não entende e não está nem ligando para o nosso hino. Acho triste ver que tem gente que canta de trás pra frente o hino do Corinthians, mas não tem a mínima curiosidade em conhecer direito o hino do seu país. Vergonhoso!
Assim, nestes momentos festivos, folclóricos e tradicionais, nos permitimos, ao menos forçadamente, nos encontrar e manter as relações vivas. Posso parecer meio conservadora, mas é lindo ver o desfile de 7 de setembro. O interesse das crianças, jovens, idosos naquele dia. O brilho nos olhos, as cores, a história. É lindo poder reservar um dia para dar um tempo na agenda lotada e no tempo corrido para estar junto com a mãe ou o pai, dar-lhes um abraço, um agrado. É lindo poder ter um dia para comer caruru com mais 6 meninos e pegar o máximo de balas, pirulitos e doces que puder! Imagine se isso não existisse... me faria grande falta... e acharia a vida muito mais sem graça!!!
Alguns podem alegar o fortíssimo apelo comercial que algumas destas datas passaram a ter. Mas, digo apenas o seguinte: no mundo capitalista que vivemos isso é um mero detalhe!
Sou a favor de que cantem o hino da bandeira e a hastie nos colégios; de que as crianças tenham aulas práticas de cidadania e meio ambiente. Que saiam as ruas em multirões, em caminhadas de primavera, com liras e filarmônicas. Exatamente como antigamente!!!
E viva Cosme e Damião!!! O dia mais feliz do ano!!!
P.S. Vamos utilizar mais um dos incríveis recursos deste blog hehehe... respondam nossa enquete!!!
Bjs,
Lore
