quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a delícia da companhia. É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você.

Emerson

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Do mestre Quintana...

O LAÇO E O ABRAÇO
Mário Quintana

Meu Deus! Como é engraçado!

Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... uma fita dando voltas.

Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço. É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço. É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço.

E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando... devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.

Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.

E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.

Ah! Então, é assim o amor, a amizade.

Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.

E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços.
E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.
Então o amor e a amizade são isso...

Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.

Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Ouvindo música...

Música sempre traz recordações. No meu caso, na maioria das vezes de momentos tão bons... tão felizes.

Não sei se estou maluca, porque com certeza não é impressão minha, mas acho que nunca mais vou viver momentos como aqueles.

Tão plenos.
Tão cheios de graça.

Lembrei de tanta coisa, senti tantas emoções já vividas, me peguei rindo sozinha, e chorando também!! (Minha set list é realmente impecável. Rsrsr)

E como são as memórias que remontam nosso passado, né?! Tão perfeita, tão cheia de detalhes.... que faz com que sintamos as mesma sensações daquele longínquo tempo de outrora.

Lembrei de Luquete no show de Scambo.
Das idas dominicais ao World Bar e a volta no Pernambués da meia-noite.
Da faculdade e sua movimentação... tão cheia de vida... tão efervescente.
Dos inúmeros planos... viajar, viajar, viajar... e experimentar de tudo sem restrições rsrrs
De dançar Diamba no Parque da Cidade, embaixo de chuva.
De Guarajuba.
De Milla Milloca e suas brincadeiras tão cheias de espontaneidade.
Das pizzas e açaís.
Das risadas.
Bagunça.
Da nossa união

-o-

Tô meio estática
Tô meio sem amigos
Tô meio triste
Tô meio sem vida

Me sinto perdendo tempo, completamente perdida, como uma folhinha no oceano, sem saber pra que lado ir, e onde chegar. Amanhã isso muda, eu sei, mas hoje, exatamente hoje, esse é o sentimento!

Uma vontade de “voltar ao monte” e de repente me ver rodeada dos meus, conversando banalidades e rindo...

Que fase down danada.... espero que passe logo... voando...
Ou melhor, evaporando ........ shiiiiiiiiiiiii

P.S.: E lembrar Pedro Pondé... tão criativo e inconstante. Será ele pisciano?!

-o-

A Carne Dos Deuses
Scambo

Lembra dos retro-mutantes, dos proto-mutantes
Dos bio-mutantes cantados em momentos atrás
Os quais ainda são a linha esperada, a conduta marcada
Por atitudes de originalidade e paz
Mas desta vez vou falar de homens
Que por caminhos diferentes daqueles
Procuram também seus objetivos naturais
Também não se estabeleceram, não aceitaram
Não se encaixaram em perversas etiquetas sociais
Todos anormais, todos desqualificados
Castrados, desajustados
Considerados um problema
Eles têm uma sensibilidade aflorada
Que os tolos não podem aceitar
Porque estão todos fora do esquema
Agora onde sou, quem estou?
Pra quem só passa pela vida
Isso pode até parecer brincadeira, mas não...
Como eles, eu volto ao monte, volto à caverna
Sinto o bicho que sou se contorcendo em minha veia
Volto ao tudo para achar a resposta mais sensata
A carne dos Deuses em minha cara

Simplesmente
A carne dos Deuses em minha cara
Eu volto ao monte
A carne dos Deuses em minha cara

E assim eles me mostraram:
Passe dos limites da sua casa, da sua turma
Se comunique sem nenhum tipo de rótulo
Supere seus limites
Não se conforme com a informação
Busque, atreva, ultrapasse os muros impostos
Atravesse a linha do seu horizonte
Eleve seu espírito como um flash
Sem destino, em todas as direções
Supere seus limites de respiração, de força de bicho
Como um macaco nu que luta incondicionalmente pela vida
Então, sinta mais...
Abrace cada sentimento seja ele qual for
Como se abraça a quem se ama
E quando precisar, chore
Onde estiver, chore
E um dia, dance...
Um dia dance do jeito que você quiser
Sem dúvida, as pessoas que dançam com verdade
São pessoas muito mais felizes
E por mais louco que possa parecer
Não me ouça
Pois posso ser apenas mais um tijolo daquele muro que você quer
Passar...
Simplesmente passar...
Passar...
Simplesmente passar...

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Aproveitadores...

Como é ridículo ver a propaganda de César Borges, atualmente do PR-BA, mas ex-PFL, citando Lula e inclusive colocando foto do nosso presidente.

Todo mundo querendo uma lasquinha.

Êh cambada!!!!

Brasil...

Eu, como Lulista ferrenha, segundo minha própria mãe defende, não poderia deixar esse texto de fora do blog.

Mãe, com certeza eu amei o texto.
E... com certeza, eu sempre tive certeza disso.

Deleitem-se...

------------------------------------

Lula, as elites e o vira-latas

É extremamente interessante que o brasileiro de maior destaque no mundo hoje seja um mestiço, nordestino, de origens paupérrimas e com déficit de educação formal. Para todos os segmentos das elites nacionais, nostálgicas de uma Europa que as rejeita, é como uma bofetada! E assim foi compreendida a lista do Time. Daí a resposta das elites: o silêncio!

Francisco Carlos Teixeira

Seguindo outros grandes meios de comunicação globais, a revista Time escolheu – na semana passada - o presidente Lula como o líder mais influente do mundo. A notícia repercutiu em todo o mundo, sendo matéria de primeira página, no jornalão El País.

Elite e preconceito
Na verdade a matéria o apontava como o homem mais influente do mundo, posto que nem só políticos fossem alinhados na larga lista composta pelo Time. Esta não é a primeira vez que Lula merece amplo destaque na imprensa mundial. Os jornais Le Monde, de Paris, e o El País, o mais importante meio de comunicação em língua espanhola (e muito atento aos temas latino-americanos) já haviam, na virada de 2009, destacado Lula como o “homem do ano”. O inédito desta feita, com a revista Time, foi fazer uma lista, incluindo aí homens de negócios, cientistas e artistas mundialmente conhecidos. Entre os quais está o brasileiro Luis Inácio da Silva, nascido pobre e humilde em Caetés, no interior de Pernambuco, em 1945, o presidente do Brasil aparece como o mais influente de todas as personalidades globais. Por si só, dado o ponto de partida da trajetória de Lula e as deficiências de formação notórias é um fato que merece toda a atenção. No Brasil a trajetória de Lula tornou-se um símbolo contra toda a forma de exclusão e um cabal desmentido aos preconceitos culturalistas que pouco se esforçam para disfarçar o preconceito social e de classe.

É extremamente interessante, inclusive para uma sociologia das elites nacionais, que o brasileiro de maior destaque no mundo hoje seja um mestiço, nordestino, de origens paupérrimas e com grande déficit de educação formal. Para todos os segmentos das elites nacionais, nostálgicas de uma Europa que as rejeita, é como uma bofetada! E assim foi compreendida a lista do Time. Daí a resposta das elites: o silêncio sepulcral!

Lula Líder Mundial
Desde 2007 a imprensa mundial, depois de colocá-lo ao lado de líderes cubanos e nicaraguenhos num pretenso “eixinho do mal”, teve que aceitar a importância da presença de Lula nas relações internacionais e reconhecer a existência de uma personalidade original, complexa e desprovida de complexos neocoloniais. Em 2008 a Newsweek, seguida pela Forbes, admitiam Lula como um personagem de alcance mundial. O conservador Financial Times declarava, em 2009, que Lula, “com charme e habilidade política” era um dos homens que haviam moldado a primeira década do século XXI. Suas ações, em prol da paz, das negociações e dos programas de combate à pobreza eram responsáveis pela melhor atenção dada, globalmente, aos pobres e desprovidos do mundo.

Mesmo no momento da invasão do Iraque, em busca das propaladas “armas de destruição em massa”, Lula havia proposto a continuidade das negociações e declarado que a guerra contra a fome era mais importante que sustentar o complexo industrial-militar norte-americano.

Em 2010, em meio a uma polêmica bastante desinformada no Brasil – quando alguns meios de comunicação nacionais ridicularizaram as propostas de negociação para a contínua crise no Oriente Médio – o jornal israelense Haaretz – um importante meio de comunicação marcado por sua independência – denominou Lula de “profeta da paz”, destacando sua insistência em buscar soluções negociadas para a paz. Enquanto isso, boa parte da mídia brasileira, fazendo eco à extrema-direita israelense, procurava diminuir o papel do Brasil na nova ordem mundial.

Lula, talvez mesmo sem saber, utilizando-se de sua habilidade política e de seu incrível sentido de negociações, repetia, nos mais graves dossiês internacionais, a máxima de Raymond Aron: a paz se negocia com inimigos. As exigências, descabidas e mal camufladas de recusa ás negociações, sempre baseadas em imposições, foram denunciadas pelo presidente brasileiro. Idéias pré-concebidas estabelecendo a necessidade de mudar regimes para se ter a paz ou usar as baionetas para garantir a democracia foram consideradas, como sempre, desculpas para novas guerras. Lula mostrou-se, em várias das mais espinhosas crises internacionais, um negociador permanente. Foi assim na crise do golpe de Estado na Venezuela em 2002 (quando ainda era candidato) e nas demais crises sul-americanas, como na Bolívia, com o Equador e como mediador em crises entre outros países.

Lula negociador
O mais surpreendente é que o reconhecimento internacional do presidente brasileiro não traz qualquer orgulho para a elite brasileira. Ao contrário. Lula foi ridicularizado por sua política no Oriente Médio. Enquanto isso o presidente de Israel, Shimon Perez ou o Grande-Rabino daquele país solicitavam o uso do livre trânsito do presidente para intervir junto ao irascível presidente do Irã. Dizia-se aqui que Lula ofendera Israel, enquanto o Haaretz o chamava de “profeta da paz” e a Knesset (o parlamento de Israel) o aplaudia em pé. No mesmo momento o Brasil assinava importantes acordos comerciais com Israel.

Ridicularizou-se ao extremo a atuação brasileira em Honduras, sem perceber a terrível porta que se abria com um golpe militar no continente. Lula teve a firmeza e a coragem, contra a opinião pública pessimamente informada, de dizer e que “... a época de se arrancar presidentes de pijama” do palácio do governo e expulsá-los do país pertencia, definitivamente, a noite dos tempos.

Honduras teve que arcar com o peso, e os prejuízos, de sustentar uma elite empedernida, que escrevera na constituição, após anos de domínio ditatorial, que as leis, o mundo e a vida não podem ser mudados. Nem mesmo através da expressa vontade do povo! E a elite brasileira preferiu ficar ao lado dos golpistas hondurenhos e aceitar um precedente tenebroso para todo o continente.

Brasil, país no mundo!
Também se ridicularizou a abertura das relações do Brasil com o conjunto do planeta. Em oito anos abriu-se mais de sessenta novas representações no exterior, tornando o Brasil um país global. Os nostálgicos do “circuito Helena Rubinstein” – relações privilegiadas com Nova York, Londres e Paris – choraram a “proletarização” de nossas relações. Com a crise econômica global – que desmentiu os credos fundamentalistas neoliberais – a expansão do Brasil pelo mundo, os novos acordos comerciais (ao lado de um mercado interno robusto) impediram o Brasil de cair de joelhos. Outros países, atrelados ao eixo norte-atlântico e aqueles que aceitaram uma “pequena Alca”, como o México, debatem-se no fundo de suas infelicidades. Lula foi ridicularizado quando falou em “marolhinha”. Em seguida o ex-poderoso e o ex-centro anti-povos chamado FMI, declarou as medidas do governo Lula como as mais acertadas no conjunto do arsenal anti-crise.

Mais uma vez silêncio das elites brasileiras!

Lula foi considerado fomentador da preguiça e da miséria ao ampliar, recriar, e expandir ações de redistribuição de renda no país. A miséria encolheu e mais de 91 milhões de brasileiros ascenderam para vivenciar novos patamares de dignidade social... A elite disse que era apoiar o vício da preguiça, ecoando, desta feita sabendo, as ofensas coloniais sobre “nativos” preguiçosos. Era a retro-alimentação do mito da “pereza ibérica”. Uma ajuda de meio salário, temporária, merece por parte da elite um bombardeio constante. A corrupção em larga escala, dez vezes mais cara e improdutiva ao país que o Bolsa Família, e da qual a elite nacional não é estranha, nunca foi alvo de tantos ataques.

A ONU acabou escolhendo o Programa Bolsa Família como símbolo mundial do resgate dos desfavorecidos. O ultra-conservador jornal britânico The Economist o considerou um modelo de ação para todos os países tocados pela pobreza e o Le Monde como ação modelar de inclusão social.

Mais uma vez a elite nacional manteve-se em silêncio!

Em suma, quando a influente revista, sem anúncios do governo brasileiro, Time escolhe Lula como o líder mais influente do mundo, a mídia brasileira “esquece” de noticiar. Nas páginas internas, tão encolhidas como um vira-lata em dia de chuva noticia-se que Lula “... está entre os 25 lideres mais influentes do mundo”. Errado! A lista colocava Lula como “o mais” influente do mundo.

Agora se espera o silêncio da elite brasileira!


Francisco Carlos Teixeira é professor Titular de História Moderna e Contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Texto publicado no Carta Maior.
http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=4615

terça-feira, 20 de abril de 2010

quinta-feira, 18 de março de 2010

O cara...

Hauhauhahaua...
Ele é mesmo o cara!!!

Reportagem do Diário de São Paulo:

Recepção de pop star

Na segunda etapa da viagem à Terra Santa, o presidente Lula foi recepcionado aos gritos de “Viva Lula!” e “Olê, olê, olá, Lula, Lula!” por dezenas de palestinos — a maioria de origem brasileira. Eles receberam com cartazes e bandeirolas Lula em Ramallah, na Cisjordânia e não economizaram nas palmas e no entusiasmo ao presenciar a inauguração da “Rua Brasil” num dos locais mais nobres de Ramallah: em frente à Muqata, a sede do governo palestino e onde fica o mausoléu do ex-líder Yasser Arafat. Lula não escondeu a satisfação com as calorosa boas-vindas, dignas de um astro de cinema. Foi a recepção mais animada de sua visita de quatro dias a Israel e aos territórios palestinos, mesmo que contando com poucas dezenas de barulhentos simpatizantes, que soavam como centenas. Lula depositou uma coroa de flores no túmulo de Arafat.

sexta-feira, 5 de março de 2010

O cordel que faltou... muito bom!

CARNAVAL DE SALVADOR
comércio, camarotes e vaidades
Antonio Barreto, cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador.


Dei uma de jornalista
Em Salvador da Bahia
E fui consultar o povo
Pra comentar a folia
Que se chama Carnaval
Uma festa cultural
Que declina a cada dia.

Busquei a neutralidade
Sem fazer intervenção
Apenas eu transformava
Com muita dedicação
Tudo em versos de cordel
E anotava no papel:
Conforme vocês verão:

— O carnaval tá careca
E fingindo que tem trança !
Muitos a ganhar dinheiro
Engordando sua poupança
E o pobre do folião
Precisa de um dinheirão
Pra poder entrar na “dança”.

— O carnaval era público
Porém tornou-se privado.
Toda a espontaneidade
Acabou-se com o mercado
De gente gananciosa
Prepotente e vaidosa:
Um esquema bem fechado.

— Hoje o clima é de apartheid
Feito o Muro de Berlim.
De um lado o povo simples
E do outro Camarim:
Criação de uma elite
Que passou a dar palpite
E fazer coisa ruim.

— Agora ninguém me engana:
Já não podemos pensar
Neste Carnaval baiano
Como festa popular
Já que a praça, que é do povo
Tem agora um “Kartel novo”
Pra excluir, pra faturar !

— Já existe fazendeira
Empresário, explorador
Donos de rede de hotel
Gente vil, bajulador
Matando essa bela festa
Que o mundo inteiro atesta:
Carnaval de Salvador.

— No Recife prazenteiro
Não tem corda ou escravidão.
Ninguém paga pra brincar
Lá quem manda é o folião
Mas aqui em Salvador
Não há ética nem pudor:
Tudo é privatização.

— Os artistas e empresários
Que comandam o carnaval
Eu não vou citar os nomes
Dessa prole tão banal
Figuras tão conhecidas
Porém não comprometidas
Com o lado social.

— Em perfeito e alto astral
Fico com Moraes Moreira
Artista conceituado
Que enxergou a baboseira:
A ganância, a hipocrisia
Dessa gente da Bahia
Prepotente e ‘aberteira’.

— Vai morrendo a tradição
Da nossa rica cultura
Pouco a pouco os blocos-afros
Caem na “rua da amargura”
Porque a força do mal
Que comando o carnaval
Já domina a Prefeitura.

— O empresário fatura
Sem visar o social.
Já criou-se um apartheid
Nesse belo carnaval
Que em vez de ser do povo
Já pertence a esse novo
Megaesquema industrial.

— Na perda da tradição
Lá se vão o afoxé,
O sambinha, o ijexá,
A magia, o candomblé
Que perderam seu espaço
Para o tal do “pagodaço”
E a elite do axé.

— Logo eu estarei em Marte
Longe de tanta artimanha.
Veja agora que o Rei Mono
Não precisa ter mais banha !
O processo é político
De prefeito paralítico
Que só pensa em barganha.

— Cada um compra seu “lote”
No circuito Barra-Ondina
Monopolizando espaço
Que logo terá piscina !
Camarotes suntuosos
Dos artistas vaidosos
Cuja luz não me fascina.

— Aumentando a hipocrisia
Criaram os tais “cordeiros”
Pessoas submetidas
Aos blocos de interesseiros
Que fazem do pobre: escravos
E lhes dão alguns centavos
Para serem seus obreiros.

— Quem ousar cortar o mal
Da Máfia pela raiz
Logo será destruído
Vai ser mais um infeliz
Pois o “plano” é muito forte:
Eles sabem dar o corte
Porque são pessoas vis.

— Muitas cenas de mau gosto
São vistas à luz do dia
Em cima dos Camarotes
Onde rola a mordomia
Das grandes “celebridades”
As famosas “majestades”
Do Carnaval da Bahia.

— Mas também há folião
Que não tem discernimento
E acaba endeusando
Certo bando de ‘jumento’
Que faz música sem critério
Só leva o dinheiro a sério
Visando enriquecimento

— Cadê a preservação
Da cultura africana
Que muito contribuiu
Pra essa festa baiana?
Perdemos nossa beleza
E o critério, com certeza
Por causa da ratazana.

— Na voz dos ‘grandes artistas’
Desse nosso carnavá
Essa estória de dizer:
“ onde tem povo tô lá”:
Isso é mentira pura
Eles vão pela usura
De ganhar muito bambá !

— As ruas e avenidas
Estão sendo dominadas
Por blocos e trios elétricos
Das estrelas ”endeusadas”.
E os afoxés da gente
Raiz afrodescendente
Desfilam nas madrugadas.

— Não me venham com lambança
Ainda sou pipoqueiro
Folião independente
Não quero ser chicleteiro.
Tenho cérebro, não sou besta
(segunda nunca foi sexta !)
Tampouco sou pagodeiro.

— E da forma que prossegue
Essa louca trajetória
No futuro não se assuste
De um Carnaval sem glória
Que ficará registrado
E muito pouco lembrado
Nas páginas da nossa história.

— Os empresários têm manha
Pra matar a tradição...
Antes era o Carnaval
Festa da população
Hoje é tudo demarcado
Pelo tal Poder Privado:
Que se lasque o folião !

— Gosto mesmo é de Gerônimo
Tapajós, Ilê, Missinho
Luiz Caldas, Olodum
Dez mil vezes Armandinho
Botando pra rebentar
Trilhando Dodô e Osmar
Com Aroldo, André e Betinho.

— Sou Muzenza, Sarajane
A Mudança do Garcia
Filhos de Gandy, Ara Ketu
Walter Queiroz: poesia !
Apaches e muito mais:
Carnaval de glória e paz...
Quem jamais esqueceria ?!

— Só queria um por cento
Da riqueza de Guanaes
De Sangalo, de Chiclete
Etecéteras e tais...
Êta indústria de dinheiro
Deste Carnaval fagueiro
Alienante demais !

— 60 anos de Trio
Nós precisamos louvar
Porque os nossos heróis
Chamados Dodô e Osmar
Tão chorando lá no céu
Diante do escarcéu
Que acabaram de instalar.

E aqui Barreto encerra
Esses versos de cordel
Desejando que essa Festa
Tenha mais sabor de Mel
E a praça do povão
Volte a ter animação
Sem a onda do “Kartel”” !

FIM

terça-feira, 2 de março de 2010

Amigos...

Como as coisas da vida são contraditórias.
E determinados fatos te deixam felizes e tristes simultaneamente.

Meus amigos estão indo.... todos eles... heheheh
Cada um seguindo seu rumo, seu caminho, construindo suas vidas, realizando seus sonhos.
Fico tão agradecida a Deus e feliz pela felicidade deles, por estarem crescendo e conquistando o mundo e, o melhor, vivendo novas e únicas experiências.
Por outro lado, sinto falta, dos tempos bem vividos juntos.
Das alegrias compartilhadas, dos medos, sonhos, planos... das conversas e saídas!

Confesso que dá um medinho... ver dia após dia, no corre-corre da vida, amigos se distanciarem, amizades enfraquecerem, porque apesar de tudo, amizade é convívio, é estar juntos!
Por outro lado, e olha a tal da contraditariedade, acredito que se é de VERDADE, ela vai além e sobrevive... se mantém, mesmo a longas distâncias.
Enfim... não sei... Estou descobrindo!! rsrs

Acho que tudo poderia ser tão mais simples e, todo mundo construir sua vida e realizar seus sonhos, aqui, perto da família, dos amigos, das pessoas que a gente ama, sem precisar mudar e ir para tão longe!

Egoísmo meu, né!? Talvez....

O homem e seu natural instinto de descobrir, de buscar coisas melhores, de ir além...
Como é bacana e assustador... todo esse ciclo da vida!

Pelo menos terei cidades para conhecer, lugares para ficar e saudades para matar.

Maranhão, Rio de Janeiro, São Paulo, interiores do meu Brasil... me aguardem!

Desejo sucesso a todos esses meus amigos... pessoas especiais que tive o prazer de encontrar e que moram no core!
Se cada um estiver feliz e satisfeito, assim também estarei!!!



Post dedicado a: Luquete, Will, Rafa, Fabi, May e Acsa.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Folia Baiana...

Ahhhhh... o carnaval!!!
Apesar de todas as críticas possíveis ainda assim é lindo de ver e de viver!! E como poucas vezes me foi possível, ou melhor, me foi quisto... desta vez, pude me focar em observar, e não somente curtir a folia.

Primeiro, observar a cidade em efervescência... em janeiro, só de amigos recebemos pernambucanos, cariocas, paulistas e mineiros.

A lavagem do Bomfim, os ensaios, o sol, a praia, o clima da cidade!!

Depois, o carnaval em si... como vir na Bahia e não ver o Chiclete, o Gandhy, o Ilê ou ainda a banda Didá e tantos outros?!?!

O “mar” branco do Gandhy, com seus mais de 7 mil foliões... lindo demais!!!

A viola de doze esquentando os tamborins e cavaquinhos e fazendo o sambão na avenida.

O Chiclete, bloco de elite, mas que apesar de tudo, sabe contagiar e transforma o Campo Grande num mar de foliões com suas ondas pulantes e plenas de felicidade.

A Ilê, o Cortejo Afro e a banda Didá, sobreviventes do carnaval mercantil, e que com força e garra, próprios de sua história, se garantem na rua, contagiando e encantando soteropolitanos, baianos, brasileiros e gringos.

Sem falar, dos demais blocos afros... dos Mascarados, cada dia mais lindo e cheio de figuras ilustres.. fantasias criativas... e o melhor, inteiramente para o povão!!!
Daniela e todo seu gingado... Viva o samba-reggae!!! Viva Neguinho do Samba!!! rsrs

E porque não, falar do "Rebolation"... hauhauahuah... logo eu, tão avessa, tão crítica ao pagode baiano! Mas, já que carnaval é bagunça sadia, constato que o "rebolation" foi a cara desse carnaval!!! Sem letra, mas com ritmo e alegria, contagiou todo mundo. Não vou esquecer, vendo de cima, o “Pinel” sendo o bloco mais bonito no domingo, animado, escrachado... e todos rebolando muito...

As Muquiranas e suas palhacinhas e malabaristas animadas.
A mudança do Garcia sempre ativa e engajada.
O Olodum e a Timbalada do meu primo Carlinhos... como sempre, arrepiantes!!!
E o povo?! O que falar do povo?!! Não tenho como.... Irreverente, animado, gozador!!! Ave Maria.........

Ah... o carnaval... que festa maravilhosa!!!

Só espero - e talvez seja ideológico pensar - que as pessoas tomem consciência e boicotem esse carnaval capitalista e segregador. Abaixo aos abadás, abaixo aos camarotes (que hoje querem pegar ainda mais, o já concorrido e comprometido espaço da pipoca), abaixo ao enriquecimento de ditos grandes artistas.

Acima aos blocos de rua, ao carnaval pipoca, as marchinhas, aos blocos percussivos, as fantasias.
Parabéns a Moraes, Chico César, Mascarados, Bloco anos 80, palco do rock e tantos outros alternativos que garantiram a festa do folião pipoca.
Parabéns ao carnaval do Pelô pela sua autenticidade e alegria!!!

Nesta festa em que o Rebolation foi sucesso... já estou falando na língua do “ation” heheheheh


E, carnaval tá chegando... faltam apenas 376 dias...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Chame Gente

Ah! imagina só que loucura essa mistura
Alegria, alegria é o estado que chamamos Bahia
De Todos os Santos, encantos e Axé, sagrado e profano,
o Baiano é carnaval
Do corredor da história, Vitória, Lapinha, Caminho de Areia
Pelas vias, pelas veias, escorre o sangue e o vinho, pelo mangue,Pelourinho
A pé ou de caminhão não pode faltar a fé, o carnaval vai passar
Da Sé ao Campo-Grande somos os Filhos de Gandhi, de Dodô e Osmar

Por isso chame, chame, chame, chame gente
Que a gente se completa enchendo de alegria a praça e o poeta
É um verdadeiro enxame, chame chame gente
Que a gente se completa enchendo de alegria a praça e o poeta
Ah!...a praça e o poeta.



-o-

Moraes Moreira....

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

5 itens gastronômicos que me deixam muito alegre... hehehe

1. Bacon
2. Coco
3. Chocolate
4. Queijo
5. Azeite


Eles fazem estúpida diferença em minha vida!!

Heheheheh...

Próxima listagem... comidas... será que consigo classificar em 5?!?! ai ai ai

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Quase cedendo ao consumo...

Não sou uma pessoa facilmente influenciável!
E tenho certa resistência a produtos do Tio Sam.

Mas, tem um que é imbatível e não é a toa que está onde esta.
E como eu adoroooo... hehehe

Então... nas minhas diárias buscas por notícias e novidades me deparo com essa lindeza aí embaixo, que nem é tão recente assim, mas que me gamou.
Agora quero um... hehehe









Faz lembrar as histórias sobre o boom de consumo, quando as geladeiras eram produtos "de rico".

Sei que se trata de um surto consumista, mas não é lindo?!!
Nem sei onde colocaria, mas o ego ficaria feliz feliz... rsrsr

Vou incentivar a formação de uma vaquinha entre os familiares e amigos... quem sabe dá certo?! rsrs


Bju bju
LoRe

domingo, 3 de janeiro de 2010

Agradecimentos...

Hoje foi um dia de agradecimento...
Igreja do Bonfim lotada... pessoas emocionadas...
Fui agradecer pelo produtivo ano de 2009, pelas conquistas e também pelos desafios.
Agradecer pelo fim de uma etapa e início de outras muitas...
Agradecer pelas pessoas que tive o prazer de conhecer e conviver.
Agradecer pelo ano novo, que com certeza já tem seus caminhos traçados.
Que este seja belíssimo!!!

A todos... um ano cheio de novidades e superações.

Meu bjo!

LoRe...