quinta-feira, 18 de março de 2010

O cara...

Hauhauhahaua...
Ele é mesmo o cara!!!

Reportagem do Diário de São Paulo:

Recepção de pop star

Na segunda etapa da viagem à Terra Santa, o presidente Lula foi recepcionado aos gritos de “Viva Lula!” e “Olê, olê, olá, Lula, Lula!” por dezenas de palestinos — a maioria de origem brasileira. Eles receberam com cartazes e bandeirolas Lula em Ramallah, na Cisjordânia e não economizaram nas palmas e no entusiasmo ao presenciar a inauguração da “Rua Brasil” num dos locais mais nobres de Ramallah: em frente à Muqata, a sede do governo palestino e onde fica o mausoléu do ex-líder Yasser Arafat. Lula não escondeu a satisfação com as calorosa boas-vindas, dignas de um astro de cinema. Foi a recepção mais animada de sua visita de quatro dias a Israel e aos territórios palestinos, mesmo que contando com poucas dezenas de barulhentos simpatizantes, que soavam como centenas. Lula depositou uma coroa de flores no túmulo de Arafat.

sexta-feira, 5 de março de 2010

O cordel que faltou... muito bom!

CARNAVAL DE SALVADOR
comércio, camarotes e vaidades
Antonio Barreto, cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador.


Dei uma de jornalista
Em Salvador da Bahia
E fui consultar o povo
Pra comentar a folia
Que se chama Carnaval
Uma festa cultural
Que declina a cada dia.

Busquei a neutralidade
Sem fazer intervenção
Apenas eu transformava
Com muita dedicação
Tudo em versos de cordel
E anotava no papel:
Conforme vocês verão:

— O carnaval tá careca
E fingindo que tem trança !
Muitos a ganhar dinheiro
Engordando sua poupança
E o pobre do folião
Precisa de um dinheirão
Pra poder entrar na “dança”.

— O carnaval era público
Porém tornou-se privado.
Toda a espontaneidade
Acabou-se com o mercado
De gente gananciosa
Prepotente e vaidosa:
Um esquema bem fechado.

— Hoje o clima é de apartheid
Feito o Muro de Berlim.
De um lado o povo simples
E do outro Camarim:
Criação de uma elite
Que passou a dar palpite
E fazer coisa ruim.

— Agora ninguém me engana:
Já não podemos pensar
Neste Carnaval baiano
Como festa popular
Já que a praça, que é do povo
Tem agora um “Kartel novo”
Pra excluir, pra faturar !

— Já existe fazendeira
Empresário, explorador
Donos de rede de hotel
Gente vil, bajulador
Matando essa bela festa
Que o mundo inteiro atesta:
Carnaval de Salvador.

— No Recife prazenteiro
Não tem corda ou escravidão.
Ninguém paga pra brincar
Lá quem manda é o folião
Mas aqui em Salvador
Não há ética nem pudor:
Tudo é privatização.

— Os artistas e empresários
Que comandam o carnaval
Eu não vou citar os nomes
Dessa prole tão banal
Figuras tão conhecidas
Porém não comprometidas
Com o lado social.

— Em perfeito e alto astral
Fico com Moraes Moreira
Artista conceituado
Que enxergou a baboseira:
A ganância, a hipocrisia
Dessa gente da Bahia
Prepotente e ‘aberteira’.

— Vai morrendo a tradição
Da nossa rica cultura
Pouco a pouco os blocos-afros
Caem na “rua da amargura”
Porque a força do mal
Que comando o carnaval
Já domina a Prefeitura.

— O empresário fatura
Sem visar o social.
Já criou-se um apartheid
Nesse belo carnaval
Que em vez de ser do povo
Já pertence a esse novo
Megaesquema industrial.

— Na perda da tradição
Lá se vão o afoxé,
O sambinha, o ijexá,
A magia, o candomblé
Que perderam seu espaço
Para o tal do “pagodaço”
E a elite do axé.

— Logo eu estarei em Marte
Longe de tanta artimanha.
Veja agora que o Rei Mono
Não precisa ter mais banha !
O processo é político
De prefeito paralítico
Que só pensa em barganha.

— Cada um compra seu “lote”
No circuito Barra-Ondina
Monopolizando espaço
Que logo terá piscina !
Camarotes suntuosos
Dos artistas vaidosos
Cuja luz não me fascina.

— Aumentando a hipocrisia
Criaram os tais “cordeiros”
Pessoas submetidas
Aos blocos de interesseiros
Que fazem do pobre: escravos
E lhes dão alguns centavos
Para serem seus obreiros.

— Quem ousar cortar o mal
Da Máfia pela raiz
Logo será destruído
Vai ser mais um infeliz
Pois o “plano” é muito forte:
Eles sabem dar o corte
Porque são pessoas vis.

— Muitas cenas de mau gosto
São vistas à luz do dia
Em cima dos Camarotes
Onde rola a mordomia
Das grandes “celebridades”
As famosas “majestades”
Do Carnaval da Bahia.

— Mas também há folião
Que não tem discernimento
E acaba endeusando
Certo bando de ‘jumento’
Que faz música sem critério
Só leva o dinheiro a sério
Visando enriquecimento

— Cadê a preservação
Da cultura africana
Que muito contribuiu
Pra essa festa baiana?
Perdemos nossa beleza
E o critério, com certeza
Por causa da ratazana.

— Na voz dos ‘grandes artistas’
Desse nosso carnavá
Essa estória de dizer:
“ onde tem povo tô lá”:
Isso é mentira pura
Eles vão pela usura
De ganhar muito bambá !

— As ruas e avenidas
Estão sendo dominadas
Por blocos e trios elétricos
Das estrelas ”endeusadas”.
E os afoxés da gente
Raiz afrodescendente
Desfilam nas madrugadas.

— Não me venham com lambança
Ainda sou pipoqueiro
Folião independente
Não quero ser chicleteiro.
Tenho cérebro, não sou besta
(segunda nunca foi sexta !)
Tampouco sou pagodeiro.

— E da forma que prossegue
Essa louca trajetória
No futuro não se assuste
De um Carnaval sem glória
Que ficará registrado
E muito pouco lembrado
Nas páginas da nossa história.

— Os empresários têm manha
Pra matar a tradição...
Antes era o Carnaval
Festa da população
Hoje é tudo demarcado
Pelo tal Poder Privado:
Que se lasque o folião !

— Gosto mesmo é de Gerônimo
Tapajós, Ilê, Missinho
Luiz Caldas, Olodum
Dez mil vezes Armandinho
Botando pra rebentar
Trilhando Dodô e Osmar
Com Aroldo, André e Betinho.

— Sou Muzenza, Sarajane
A Mudança do Garcia
Filhos de Gandy, Ara Ketu
Walter Queiroz: poesia !
Apaches e muito mais:
Carnaval de glória e paz...
Quem jamais esqueceria ?!

— Só queria um por cento
Da riqueza de Guanaes
De Sangalo, de Chiclete
Etecéteras e tais...
Êta indústria de dinheiro
Deste Carnaval fagueiro
Alienante demais !

— 60 anos de Trio
Nós precisamos louvar
Porque os nossos heróis
Chamados Dodô e Osmar
Tão chorando lá no céu
Diante do escarcéu
Que acabaram de instalar.

E aqui Barreto encerra
Esses versos de cordel
Desejando que essa Festa
Tenha mais sabor de Mel
E a praça do povão
Volte a ter animação
Sem a onda do “Kartel”” !

FIM

terça-feira, 2 de março de 2010

Amigos...

Como as coisas da vida são contraditórias.
E determinados fatos te deixam felizes e tristes simultaneamente.

Meus amigos estão indo.... todos eles... heheheh
Cada um seguindo seu rumo, seu caminho, construindo suas vidas, realizando seus sonhos.
Fico tão agradecida a Deus e feliz pela felicidade deles, por estarem crescendo e conquistando o mundo e, o melhor, vivendo novas e únicas experiências.
Por outro lado, sinto falta, dos tempos bem vividos juntos.
Das alegrias compartilhadas, dos medos, sonhos, planos... das conversas e saídas!

Confesso que dá um medinho... ver dia após dia, no corre-corre da vida, amigos se distanciarem, amizades enfraquecerem, porque apesar de tudo, amizade é convívio, é estar juntos!
Por outro lado, e olha a tal da contraditariedade, acredito que se é de VERDADE, ela vai além e sobrevive... se mantém, mesmo a longas distâncias.
Enfim... não sei... Estou descobrindo!! rsrs

Acho que tudo poderia ser tão mais simples e, todo mundo construir sua vida e realizar seus sonhos, aqui, perto da família, dos amigos, das pessoas que a gente ama, sem precisar mudar e ir para tão longe!

Egoísmo meu, né!? Talvez....

O homem e seu natural instinto de descobrir, de buscar coisas melhores, de ir além...
Como é bacana e assustador... todo esse ciclo da vida!

Pelo menos terei cidades para conhecer, lugares para ficar e saudades para matar.

Maranhão, Rio de Janeiro, São Paulo, interiores do meu Brasil... me aguardem!

Desejo sucesso a todos esses meus amigos... pessoas especiais que tive o prazer de encontrar e que moram no core!
Se cada um estiver feliz e satisfeito, assim também estarei!!!



Post dedicado a: Luquete, Will, Rafa, Fabi, May e Acsa.